Derrota no UFC 101 põe em xeque carreira de brasileiro

A carreira do carioca Thales Leites no UFC foi do céu ao inferno em apenas duas lutas. Em abril último ele era candidato ao cinturão. Hoje, não descarta a chance de ser demitido do evento.
Thales se diz incerto quanto a seu futuro no UFC. O atleta especialista em jiu-jítsu revelou a este blog que ainda não sabe se voltará a pisar na arena mais valiosa do MMA (Vale Tudo) depois de sua última derrota.
Restam três lutas no contrato de Thales e o atleta é um dos principais nomes dos médios (84kg). Mas sua popularidade entre os fãs norte-americanos desabou depois de duas apresentações mornas.
No último sábado ele perdeu para o italiano Aléssio Sakara na decisão dividida dos juízes. Em abril, foi derrotado pelo campeão Anderson Silva. Nas duas lutas, saiu vaiado.
O confronto contra Sakara fez parte do card preliminar (não televisionado) da 101ª edição do UFC. Um claro sinal de que ele não é visto pela direção do UFC como alguém que atrai público e aumenta as vendas do evento.
O UFC deve dar uma nova chance a Thales, mas será o tipo de luta decisiva para sua pretensão de seguir no evento. Tipo vida ou morte! Show ou rua!
Na entrevista a este blog, Thales diz que sua demissão seria injusta. Tenho que concordar com ele. Thales perdeu três lutas na carreira e venceu catorze. Nove delas por meio de torções ou estrangulamentos (as finalizações).
Nos últimos cinco anos foi o único atleta que durou uma luta inteira contra o legendário Anderson Silva. E, apesar de não ter lutado bem contra o Sakara, ele venceu os três rounds da luta, na minha humilde opinião e segundo a decisão de um dos juízes.
Desde 2003, quando estreou no MMA, Thales bateu alguns lutadores renomados, mas ainda lhe falta um currículo mais expressivo para provar que merece ser uma das estrelas desse esporte.
Thales está com 28 anos, muita técnica de solo e disposição de sobra para não desistir nem tão cedo. Veja aqui a luta dele contra Sakara. Ele acha que venceu o combate e disse que se não fosse por uma gripe teria rendido muito mais.